quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Turismo e Observação de Aves: o Brasil saindo do atraso

Segue copiado do mailing ao que tudo indica, da AvistAr, que realiza já há alguns anos um concorrido concurso de fotos sobre a Avifauna.

Participe do Censo Brasileiro de Observação de Aves, mesmo que você não seja (ainda) um Observador de aves!

Vamos descobrir qual a relação dos brasileiros com a observação de aves livres na natureza.

Essa é uma pesquisa de âmbito nacional, os resultados serão de livre acesso e publicados em Maio de 2012. Participe!

Bastam 6 (sic)minutos [seis só? nooove!: nota do editor] de sua atenção.

http://www.surveygizmo.com/s3/746529/ada958cbf578
Os passarinhos agradecem.

O Censo Brasileiro de Observação de Aves é organizado pelo Avistur - Grupo de Estudos de Turismo de Observação de Aves - www.avistur.com.br

domingo, 9 de outubro de 2011

É isso mesmo cariocas do tipo da Vila Autódromo: tourists, go home! Go home if you can´t give my home back

Esta entrevista que vai a seguir é a parte disponível pela própria Caros Amigos online, mas procurando um pouco mais não deve ser difícil achar o todo. O que rola é que hoje mesmo, o programa do Juca Kfouri na ESPN também apresentava o Dr. Carlos Vainer, pesquisador carioca que mais cariocas (e paulistas) deveriam respeitar, pois falando lucidamente sobre as perspectivas dos average citizens (of the world...)do nosso Brasil, ill, ill ill nos próximos anos de megaeventos esportivo-culturais. E quem soube das coisas "secundadas" do showbizz, dos bastidores (nem tanto, digamos, algo do que tentaram esconder quando a fonte eram canais de comunicação mais poderosos) do recente Roque in Rio pode sacar dessas ações que a organização aplica, parte de toda a estratégia das grandes negociatas, da qual este estudioso fala.

E depois, seja no pós-RiR2011, 2013, seja lá em 2014 ou 2016, que, o que sobrar de tudo isso, não seja algo do tipo uma camiseta de souvenir com os dizeres "Essa roubada de evento: EU FUI"

Entrevista Carlos Vainer:

"O que está em jogo na Copa e Olimpíadas não é o esporte, mas sim os grandes negócios"

Por Débora Prado

Professor do IPPUR/UFRJ (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Carlos Vainer explica nesta entrevista que os megaeventos esportivos estão relacionados a um novo modelo de planejamento urbano em que a realização de negócios prevalece aos interesses do conjunto da população. Com isso, poucos grupos privados se apropriam do recurso público, enquanto a pobreza é criminalizada. Confira:


Caros Amigos - Qual impacto os megaeventos podem ter no planejamento urbano?

Esses megaeventos não acontecem por acaso, estão ligados a uma revolução no sistema urbano, a uma nova modalidade do planejamento que surge nos anos 1980 e que torna a cidade uma empresa a concorrer no mercado com outras ‘cidades-empresas’, na busca de capitais, investimentos e pelos próprios eventos. As regras de organização do espaço urbano, todas as normas, devem ser subordinadas à lógica do negócio. Por exemplo, numa área qualquer só é permitido construir prédios de 10 andares, mas, se empresa quiser fazer de um prédio de 15 andares, ela paga pelo direito de construir. Surgem as operações urbanas, aquelas autorizadas contra a lei de uma cidade, você abre uma exceção, em tese, para aproveitar as oportunidades – o que na verdade transformou a cidade num mero espaço de realização de negócios, numa mercadoria a ser vendida, teoricamente em nome do progresso. Os interesses e objetivos coletivos vão pelo buraco. Se a cidade é uma empresa, não se pode discutir muito, tem que fazer negócios. E transformada em empresa a cidade bane a política, uma vez que o dissenso é banido porque é uma ameaça à competitividade. Os sindicatos lutando por aumento de salário são vistos como ruins, porque como é que eu vou atrair uma empresa para cidade se tem sindicato aqui lutando, como é que eu vou atrair os jogos se tem gente contra. Então você tem que abolir política, a forma pela qual os agentes coletivos vão ao espaço público manifestar seus dissensos. É a cidade da exceção, porque as regras são a da ‘flexibilzação’, o que quer dizer na verdade ‘tudo o que for necessário para viabilizar os negócios’. Então, o plano diretor vira peça de museu, porque tudo pode ser negociado a favor do grande capital. E a contrapartida é o que eu chamo de democracia direta do capital, os projetos não são expressões de forças políticas, não são os partidos, as organizações das diferentes classes – aquilo que caracteriza a democracia burguesa é banido e as decisões são tomadas numa relação direta entre o capital privado e o poder público. Não há mais mediações entre os interesses do capital e os processos de decisão, eles são imediatos. E aí avançam as PPPs (Parcerias Público Privadas), avança o patrimonialismo.
O megaevento é a realização mais pura e absoluta disso, basta você ir atrás de todas as leis específicas: a FIFA não paga imposto, os hotéis pra Copa e Olimpíadas não vão pagar IPTU, todas as regras do direito de construir, do uso do solo, inclusive em termos fiscais, todas as regras são suspensos. O presidente Lula ainda foi à apresentação da candidatura do Rio e disse que se comprometia a cobrir qualquer prejuízo, ou seja, deu um cheque em branco para as instituições privadas. Ninguém elegeu o Comitê Olímpico Brasileiro, é uma instituição privada, e ele manda na cidade. Sob o controle de outra instituição privada que é a CBF (Comissão Brasileira de Futebol), vai se construir um novo estádio em São Paulo com verba pública e por aí vai. O megaevento radicaliza o modelo da cidade empresarial e da exceção.


Caros Amigos - E que consequências este modelo gera para a população?

Se o objetivo é fazer da cidade uma vitrine, é preciso esconder tudo aquilo que gera críticas, tudo o que não se coloca na vitrine, que é pobreza, miséria. A cidade é reduzida a sua faceta de exportação, é voltada para exterior e não para os seus cidadãos. Tudo aquilo que não é exportável deve ser banido. O exemplo da África do Sul está aí para lembrar isso, os pobres foram tirados das ruas, os vendedores ambulantes foram tirados das ruas, para não poluírem a paisagem. Com a Copa do Mundo, em Fortaleza, milhares de pessoas estão ameaçadas de despejo, para a construção de estradas. Aqui no Rio de Janeiro vão construir vias de transportes, todas elas voltadas para a Barra da Tijuca, atendendo o interesse da especulação imobiliária, 80% dos fluxos de transporte, as viagens feitas pelos citadinos, estão em outra direção. Mas isso não interessa, o objetivo não é transportar a população da cidade, mas fazer uma via que vá do aeroporto ao hotel ao estádio. Há interesses poderosos que mobilizam os recursos, o estádio do Maracanã foi reformado para o PAN e, supostamente, estaria preparado para as Olimpíadas e para a Copa, mas agora ele vai ser reformado de novo com orçamento em torno de R$ 700 milhões, com direito de aumento de 20%. Ou seja, há uma canalização de recursos públicos para interesses privados, para as construtoras, as empreiteiras, as empresas de telecomunicações e marketing. E evidentemente esses recursos são pagos por todas as outras rubricas, pelo transporte popular que não está sendo feito, pelo saneamento que não é feito. A privatização do espaço público é absoluta, nos jogos Pan-americanos você não podia nem levar um sanduíche para o estádio porque o Comitê Olímpico Brasileiro havia feito um contrato com uma rede de fast food que assegurava a ela a exclusividade de fornecer alimentação dentro do estádio. Todas as empresas envolvidas na Copa do Mundo terão isenção fiscal em alguma medida.


Caros Amigos – É o uso do recurso público por poucos grupos privados.

Isto é a apropriação do recurso público no seu sentido mais puro, de recursos financeiros, patrimoniais (terras), espaços públicos, tudo isso são recursos públicos que são transferidos sob regras de exceção para grupos privados, sem debate público, são negociações de que o povo não é consultado, não é ouvido, não sabemos onde estão sendo feitas essas negociações. É a transformação da cidade não apenas num grande negócio, mas num grande negócio corrupto e com o aval da presidenta da república, do BNDES, e, como as informações não são transferidas para a população, também com apoio do povo.

Aqui no Rio, as comunidades que estão próximas às sedes olímpicas estão ameaçadíssimas. Nós temos uma comunidade Vila Autódromo, localizada próxima a implantação da Vila Olímpica, não está no perímetro da Vila Olímpica. É uma comunidade antiga, população está bem organizada, um dos poucos bairros populares do Rio de Janeiro que não é controlado nem pelo tráfico, nem pelas milícias. É uma comunidade onde há anos não há um evento criminal, mas estão querendo desocupá-la, dizem que ela virou uma ameaça. Na verdade, ela virou uma ameaça aos interesses imobiliários na região.

O que está em jogo nas Olimpíadas não é o esporte, como o que está em jogo na Copa do mundo não é o futebol, o que está em jogo são os grandes negócios. E há um sentimento que faz parte da nossa cultura de amor por nossa cidade, é natural gostarmos da cidade, do local onde nascemos e vivemos, as pessoas se apegam as cidades e querem que haja eventos na sua cidade, isso faz parte da vida urbana. E esse sentimento saudável se transforma numa armadilha contra essa própria população, armadilha que nem sempre o pensamento crítico e o pensamento militante estão sendo capaz de desmontar e nós temos esse desafio pela frente. Somos desafiados a desfazer a cortina de fumaça e mostrar que sim gostamos de jogos, queremos os eventos, mas sem comprometer o orçamento público pelos próximos 20 anos.

atualização 09/10/11: soube só agorinha que houve um evento de nome "Copa do Mundo e Olimpíadas: o que está em Jogo?" na I Semana de Artes, Ciências e Humanidades, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)/USP, que reuniu os mesmos senhores supracitados. Uma pena não saber ainda de nenhuma discussão que tal mesa tenha reverberado por alguma fonte mais acadêmica, algum blogue turismologante ou de participante outro que estivera por lá, senão este.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Face Book on the table lesson of today

Tourists, go home!

Tourist complains about fish in harbour
Telegraph Online
6 September 2011 By Victoria Ward

Most holiday makers taking a stroll around a working harbour might expect to see the odd fish.

But when David Copp came across a fishing trawler moored in Ilfracombe Harbour he took great offence and complained about the “disgusting” smell.

The 46-year-old was outraged that his children, aged seven and nine, had been forced to endure the sight of 12 crates of dead fish and crabs, piled up on the quayside.

He said the ordeal had left them “quite distressed” and demanded to know why the harbourmaster was not more considerate to tourists.

“There were flies flying around and the smell was awful,” he said. “The ship was just sat there not doing anything, and there were 12 crates of dead crabs and fish just lying there covered in flies.

“It’s not the sort of thing you want to see on holiday, there was a real stench.

“My children were quite distressed by it. These people should be a bit more considerate to the holidaymakers."

Mr Copp called Ilfracombe harbourmaster Rob Lawson to complain about the smell that had emanated from The Lady of Lundy trawler before calling the North Devon Journal to air his woes.

Mr Lawson tried to explain that fishermen depended on the daily catch for their livelihoods and that it was a common site on a working quayside.

“He was very upset that he had come across the boxes of fish and thought it was entirely inappropriate and not a good sight or smell,” he said.

“I explained the workings of the harbour and that it was a working quay and that while it was not ideal, sometimes this happened.

“But he didn’t calm down, he went to the local newspaper and then when they printed his complaints, he came back to me to see what I had to say.”

Mr Lawson admitted that it was quite unusual to have a working harbour with public access.

But he added: “This is generally considered an asset because visitors can get a really good feel for how the industry works, they can enjoy the whole experience.

"I told this chap that you shouldn't take your children to a harbour if that is how they react to dead fish."

Mr Copp is understood to have been on a two-week family holiday in the popular north Devon tourist resort when he lodged his complaint, which attracted disbelief from locals.

One said: “Ridiculous. Does he think all his food comes in packets? What did he expect to see at a working harbour?”

Tony Rutherford, the managing director of Bideford Fisheries said "Seeing us in action is often considered a tourist attraction in these parts."


Fonte: http://uk.travel.yahoo.com/p-promo-3361576


Que mamífero mais Homo piscifobicus! Vá ser turista lá no mundinho sem odores, nem poeira, nem ruídos de seu espaço virtual. Lá na sua Unharm Ville encantada. Lugares autênticos não precisam desse tipo maníaco que quer que tudo seja como na casa dele. Peixinhos cheios de cadaverina na sua fuça! Dead Fish na orelha!

Dead Fish @SESC Ribeirão Preto, 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

An Image on any given Monday: Lake Louise On The Rocks

Lake Louise On The Rocks by nailbender
Lake Louise On The Rocks, a photo by nailbender on Flickr.

Beba com moderação. E se beber, dirija-se ao bafãometro menos próximo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

You call souvenir, others call stolen goods

Let me tell just an initial thing: the years pass and tourists are still the same...

After reading the recent text below, it was just a matter of googling a bit and finding out there were surveys (and articles) like that already some couple of years ago, showing no major different results... or are the texts suggesting that the writers are recycling old news more and more?

Things people steal from hotels

By Nikki Bayley @uk.yahoo

OK, OK, we admit it. We have been guilty in the past of the crime of theft from a hotel room. Admittedly it's just been the occasional flannel, or too-tempting set of toiletries, but even so, we probably shouldn't have done it. And we're awfully sorry that we did... But we're not alone.


A survey from last year found that 86% of hotel guests had taken toiletries, as opposed to a mere 3% who admitted to stashing away bathrobes in their suitcase... and then there's the hard-core 1% who confessed to stealing electronics, silverware, and most worryingly, bibles! Hmm, thou shalt not steal, surely? So what are the most popular things that people tend to trouser after a stay in a hotel? We got the low down on some of the most pilfered, and also a glimpse into the world of the weirdest things stolen too.

Strange thefts in Salcombe...
Keith Makepeace, owner of Soar Mill Cove hotel in Salcombe, Devon, shared some of the stranger thefts with us. "We're always baffled by some of the zanier things that people pinch. Our most recent top ten has some really weird things in it: one-inch square of curtain fabric, taken from the middle of the curtain! Toilet brushes and holders, so many that now we don't put such fancy ones in the rooms. TV remote controls, which seems a bit random. We have individual cafetiere coffee pots which are regularly stolen, along with the hip flasks that we provide. It seems that some of the thieves are at least eco-aware as they steal our low-energy light bulbs, but the thing that amazes me more than anything is when people steal bibles."

Hotel chain reveals most stolen items
The Novotel chain put together a top 10 list of their most-stolen items. The most common thing to disappear from their hotel rooms are towels, followed by – perhaps more surprisingly – cushions!

Top ten most stolen items from the Novotel chain in full:
1. Towels
2. Cushions
3. Bathrobes
4. TV remote controls
5. Light bulbs
6. Mini-bar contents
7. Clothes hangers
8. Bathroom display trays
9. Coffee sachets
10. Plastic tissue boxes

Paws off!
Thanks to new technology from the USA, it looks like the number one and number three culprits from the chain's list – towels and bathrobes – could soon be off limits. Washable security tags are to be stitched into the pinchable items which will set off an alarm if anyone tries to leave with them stashed in their suitcase. A hotel in Hawaii has been trialling the thief-busting tech, and towel theft has fallen from 4,000 a month to just 750 since it introduced the tags last summer, saving more than £9,000 a month!


Now, check this also, for instance, from 2004 BBC news

Pilfering hotel guests revealed

Toilet seats and brushes, a medieval sword and a door hinge, are among items stolen from hotel rooms, a survey says.

A hotel owner's dog, a four foot high wooden bear, and a spy hole from a hotel room door are among others.

The survey of 1,000 hoteliers by Caterer and Hotelkeeper magazine found pilfering by customers was widespread, with towels top of the list.

But guests can also leave surprising items behind, such as false teeth, false eyeballs, wigs and toupees.

As many as 6% reported people having left their family member behind before checking out.

Four per cent of those questioned had found artificial arms and legs.

A third of hoteliers said towels were the most commonly stolen items from their rooms, with one in five reporting bathrobes stolen as well.

More than 10% of staff reported toilet rolls as the items most often taken and 1% said penny-pinching guests would even steal the light bulbs from their rooms.


Not satisfied? Try these 3 others, 3 different countries domains, 3 same impressions on human condition...
A survey by Accor brought by RAC travel

A survey by Telegraph Travel brought by India Times

A still running survey from a slightly different perpective of the Most Wanted Item brought by CitizenM