quinta-feira, 18 de setembro de 2014

When collection meets music/muse~ ology and transportation meets tourism that meets ´em´ all

Deu no Neuiorquetaimis... pode falar, é coisa de doido... o próprio Zero Freitas admite que faz 40 anos de terapia pra se entender... enquanto isso, não para de catalogar com uma dúzia de empregados, seu bem bem longe de modesto acervo que pensa conseguir organizar em uns 20 anos... isso se não parar de comprar discos, por todo mundo, com ajuda de uma vida empresarial bem sucedida no ramo busoviário e uma meia dúzia de outros contatos  que trabalham para ele no exterior, só pra arrematar conteiners de vinis que rumam para endereço certo na capital paulista: a futura Emporium Music.
Allan Bastos, um desses compradores recrutados por Zero foi quem de uma forma ou de outra acabou dando um empurrãozinho nessa decisão de transformar o caos vinílico privado em um algo ainda porvir, que deverá ser tal Empório, inspirado nos moldes do que um outro colecionador, Bob George, que além de organizador do Brazilian World Music Day, concebeu com o Archive of Contemporary Music.

Algo que é bonito nesta estória toda , é que existe todo um lado museológico a se explorar e todo um patrimônio artístico e cultural inestimável que está preservado e poderá ser resgatado e partilhado com a humanidade

Bastos was warning of a future in which some music might disappear unnoticed. Most of the American and British records Freitas has collected have already been digitally preserved. But in countries like Brazil, Cuba and Nigeria, Bastos estimated, up to 80 percent of recorded music from the mid-20th century has never been transferred. In many places, he said, vinyl is it, and it’s increasingly hard to find. Freitas slumped, then covered his face with his hands and emitted a low, rumbling groan. “It’s very important to save this,” he said. “Very important.”
E, enfim, cheque detalhes dessa estória, no link acima, na íntegra e no original, na revista do New York Times, em artigo de Monte Reel, entitulado

The Brazilian Bus Magnate Who’s Buying Up All the World’s Vinyl Records







To help him locate records in his personal collection, Freitas uses objects like “Star Wars” cards (Disney LPs) and a Heineken bottle (soccer LPs). Credit Sebastián Liste/Noor, for The New York Times

“What’s the good of having it,” George remembers telling Freitas, “if you can’t do something with it or share it?”

That´s what Tourism is All about.

 


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mais sobre nossos parques nacionais

Vai ano, vem seguinte e entra ou sai ou volta governos... e a história continua... a mesma...

Aqui, mais um pouco desta, pela atual diretora executiva da Fundação S.O.S. Mata Atlântica, Marcia Hirota, copiada a seguir e que pode ser lida reproduzido do que originalmente publicado pela Valor, neste link 
Ou através do site da Envolverde nesta página.

Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
 O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.
Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada.  Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo,  o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno. Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.
Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
- See more at: http://www.sosma.org.br/90197/chances-inexploradas-nos-parques-brasileiros/#sthash.F45OMS2n.dpuf
O Cristo Redentor é uma das sete maravilhas do mundo moderno, um símbolo do Brasil no exterior e a atração turística mais conhecida do Rio de Janeiro. Do alto da Floresta da Tijuca, o que pouca gente sabe é que o Corcovado, onde fica o Cristo, está dentro de uma Unidade de Conservação (UC), o Parque Nacional da Tijuca, referência do potencial turístico dos Parques Nacionais do País, com mais de 2 milhões de visitas por ano.
Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.

Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada. Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno.
Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.

Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
O Cristo Redentor é uma das sete maravilhas do mundo moderno, um símbolo do Brasil no exterior e a atração turística mais conhecida do Rio de Janeiro. Do alto da Floresta da Tijuca, o que pouca gente sabe é que o Corcovado, onde fica o Cristo, está dentro de uma Unidade de Conservação (UC), o Parque Nacional da Tijuca, referência do potencial turístico dos Parques Nacionais do País, com mais de 2 milhões de visitas por ano.
Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
 O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.
Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada.  Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo,  o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno. Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.
Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
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O Cristo Redentor é uma das sete maravilhas do mundo moderno, um símbolo do Brasil no exterior e a atração turística mais conhecida do Rio de Janeiro. Do alto da Floresta da Tijuca, o que pouca gente sabe é que o Corcovado, onde fica o Cristo, está dentro de uma Unidade de Conservação (UC), o Parque Nacional da Tijuca, referência do potencial turístico dos Parques Nacionais do País, com mais de 2 milhões de visitas por ano.
Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
 O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.
Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada.  Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo,  o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno. Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.
Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
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O Cristo Redentor é uma das sete maravilhas do mundo moderno, um símbolo do Brasil no exterior e a atração turística mais conhecida do Rio de Janeiro. Do alto da Floresta da Tijuca, o que pouca gente sabe é que o Corcovado, onde fica o Cristo, está dentro de uma Unidade de Conservação (UC), o Parque Nacional da Tijuca, referência do potencial turístico dos Parques Nacionais do País, com mais de 2 milhões de visitas por ano.
Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
 O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.
Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada.  Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo,  o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno. Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.
Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
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O Cristo Redentor é uma das sete maravilhas do mundo moderno, um símbolo do Brasil no exterior e a atração turística mais conhecida do Rio de Janeiro. Do alto da Floresta da Tijuca, o que pouca gente sabe é que o Corcovado, onde fica o Cristo, está dentro de uma Unidade de Conservação (UC), o Parque Nacional da Tijuca, referência do potencial turístico dos Parques Nacionais do País, com mais de 2 milhões de visitas por ano.
Com 3.953 hectares de área, o Parque protege fragmentos do bioma Mata Atlântica essenciais para a cidade, sendo responsável pela oferta de diversos serviços ambientais, como a manutenção do manancial hídrico, controle da erosão e redução da poluição atmosférica, além de manter a rica biodiversidade local. Ao mesmo tempo, é um polo de turismo sustentável e uma importante área de lazer.
 O exemplo do Parque Nacional da Tijuca é ainda um ponto fora da curva na realidade dos parques brasileiros. Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura mínima. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram quase R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de 3 milhões de visitas ocorreram somente nos Parques Nacionais da Tijuca e do Iguaçu (PR), sendo este segundo um exemplo emblemático da desvalorização dos nossos parques.
O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, é o segundo mais visitado do Brasil e está gravemente ameaçado por um Projeto de Lei (N.º 7.123) em tramitação no Congresso Nacional que busca alterar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para permitir a reabertura de uma antiga estrada que cortava o Parque, fechada em 2003 por decisão judicial. Há ainda os impactos de uma hidroelétrica nos limites desse parque.
Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e do Imazon, apresentado em abril na publicação científica Conservation Biology, indica que nas últimas três décadas o Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de florestas nativas que eram protegidas por Lei, área equivalente ao território da Costa Rica.
Com isso, além da perda de patrimônio público, o país desperdiça oportunidades de ativar a economia nacional, fomentar iniciativas para promover o desenvolvimento regional por meio de atividades sustentáveis ou ligadas ao turismo que poderiam gerar mais trabalho e melhorar a distribuição de renda, contribuindo para a inclusão social.
Um ótimo exemplo desse potencial é o Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudeste do Estado do Piauí e que recebe turistas de todo o mundo interessados em conhecer sítios arqueológicos que preservam centenas de pinturas rupestres. Quem visita o Parque descobre também uma das melhores infraestruturas do país, fruto do trabalho de quatro décadas da pesquisadora e arqueóloga Niéde Guidon. São mais de 400 km de estradas internas com drenagem, pavimentação nos trechos mais complicados, centenas de sítios arqueológicos preparados para visitação com passarelas e rampas de acesso, iluminação, sinalização bilíngue e coletores de lixo, entre outros.
O trabalho da doutora Niéde e sua equipe da Fundação Museu do Homem Americano tem revolucionado as teorias de ocupação das Américas, conquistando prêmios e reconhecimento internacionais. Impressionante também o impacto na realidade das comunidades do entorno do parque: escolas de tempo integral foram construídas para atender às crianças da região, incluindo alimentação e tratamento dentário. Técnicas de apicultura e produção de cerâmica foram repassadas aos jovens. As mulheres, que antes dependiam dos maridos, passaram a ocupar vagas nas mais diversas atividades oferecidas pelo Parque.
Na cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 35 mil habitantes, foi construído o “Museu do Homem Americano”, comparável aos melhores do mundo nessa área, o Centro Cultural Sérgio Motta, que conta com laboratórios onde pesquisadores de diversas partes do mundo e moradores locais trabalham e um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com o primeiro curso público de graduação em arqueologia do Brasil. A notícia ruim é que todas essas conquistas estão hoje ameaçadas pela falta de investimentos públicos, necessários para manter a estrutura implantada.  Um hotel 6 estrelas, nos moldes do que existe na África do Sul, já teve também seu projeto aprovado, mas ainda não saiu do papel pela falta de conclusão de um aeroporto, em obras há mais de 10 anos.
Segundo a Organização Mundial do Turismo,  o turismo de natureza é o segmento que mais cresce no mundo, entre 15% e 25% no ano. No entanto, o Brasil, potência ambiental com beleza paisagística incrível, pouco aproveita.
Recente pesquisa do Instituto Semeia avaliou o potencial econômico das Unidades de Conservação brasileiras e constatou que o uso turístico dessas áreas poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. Comparar essa receita com o PIB nacional (R$ 5,2 trilhões) pode, à primeira vista, sugerir que o potencial é pequeno. Trata-se contudo de uma conclusão equivocada. Nos EUA, por exemplo, 70% da visitação está concentrada em 20% dos parques preferidos pelo público. Supondo que no caso brasileiro 70% da receita adicional potencial desses 168 bilhões também seja concentrada no primeiro quintil das regiões ordenadas pelo turismo, o impacto médio sobre o PIB desses locais é bastante expressivo, da ordem de 3,5%.
Os Parques Nacionais realmente estão abandonados num contexto de uma agenda de país. O Brasil precisa reconhecer as Unidades de Conservação como o seu maior ativo e priorizar novos mecanismos e recursos aos patrimônios existentes para que o País também se fortaleça como destino turístico. Hoje, nem os brasileiros nem visitantes estrangeiros podem usufruir adequadamente dessas riquezas.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

(Já que) fala-se tanto em mobilidade...

... só batendo muito a cabeça...

Quando se pensa na questão do ir e vir, mais do que em termos do direito do cidadão, seja este o residente ou o turista, precisamos reclamar como esse serviço se (nos) apresenta. E a coisa vai mal quando se sabe que a prestadora desta suposta facilidade, quer dizer, do tal recurso (pois um termo como facility, não é condizente em nossa realidade) não ajuda nem no trato da própria força de trabalho para que este  e deste "bem" possamos nos servir adequadamente.
Pois, eis que este é o caso de Sorocaba, onde, a despeito de ser uma das poucas cidades paulistas com razoável extensão de ciclovias, comparativamente às demais localidades brasileiras de mesmo porte, tem essa questão da mobilidade urbana administrada pela Urbes, que precisa aprender primeiro a tratar seus próprios funcionários com mais dignidade. Segue abaixo, o exemplo recente, de uma lição, recebida à contragosto e que o desfecho favorável ao empregado, sirva de exemplo em mais lugarejos tupiniquins.
Ribeirão Preto é outra dessas cidades que precisam aprender muito neste quesito do "o que se quer" para que o deslocamento de pedestres, ciclistas, motociclistas e motorizados de todo tipo não colapse dentro em bem breve. Entregar isto para uma Transerp, que há muito se figura como entidade pseudo pública, eminência tal qual a cor do Pardo de muitas administrações, é a receita para o maior dos desastres. Que dizer de uma prolongada discussão inepta sobre se o sistema a ser adotado para controle de catracas eletrônicas nos parcos coletivos da Ritmo deve ser por reconhecimento digital ou facial... mais da dinheirama mal direcionada...
E, enquanto, isto, Helsinki, na singela Finlândia, anuncia para 2025, a quase desnecessidade de uso do automóvel... também Nova Iorque, para pensar grande de verdade, tem lá suas reflexões... tudo que e é preciso para se tentar  soluções. Algo para ser lido em detalhes nestes dois posts da Archdaily: aqui em Helsinki e aqui em New York

Mas, voltando à nossa realidade brasuca, em Sorocaba...

O Ministério Público do Trabalho divulgou no dia 27 a condenação de multa de R$ 50 mil à Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social de Sorocaba (Urbes), por demitir um funcionário por “discriminação estética”. A vítima do caso é o vocalista e baixista da banda Lecher, Juliano Afonso Costa Xavier, que foi impedido de exercer o cargo de agente de trânsito por conta de seus cabelos compridos.
Xavier disse que sofreu com o processo: “É lamentável que eu tivesse de passar por isso dentro da própria administração pública. O que esperar de um governo com essa orientação? Felizmente, a justiça foi feita”
O órgão público também denunciou a existência do regulamento interno da Urbes, que proíbe que agentes usem “adornos, piercings e tatuagens que possam prejudicar a apresentação pessoal, bem como, o uso de brincos no caso de agentes do sexo masculino” ou “apresentar-se ao serviço com costeleta, barbas ou cabelos crescidos, bigode ou unhas desproporcionais”. Devido ao regulamento, a empresa foi condenada por danos morais coletivos e deve destinar os R$ 50 mil em prol da comunidade.
O vocalista diz que quer o seu trabalho de volta: “Compreendo que tenho o direito de voltar mesmo cabeludo e eu quero voltar. Quero ser o amarelinho cabeludo”.
essa notícia, extraída diretamente de onde o headbanging não para: WikiMetal